"Como um tumor maduro a poesia pulsa dolorosa, anunciando a paixão: “Ó crux ave, spes única Ó passiones tempore” Jesus tem um par de nádegas! Mais que Javé na montanha esta revelação me prostra. Ó mistério, mistério, suspenso no madeiro o corpo humano de Deus. è próprio do sexo o ar que nos faunos velhos surpreendo, em crianças supostamente pervertidas e a que chamam dissoluto. Nisto consiste o crime, em fotografar uma mulher gozando e dizer: eis a face do pecado. Por séculos e séculos os demônios porfiaram em nos cegar com este embuste. E teu corpo na cruz, suspenso. E teu corpo na cruz, sem panos: olha para mim. Eu te adoro, ó salvador meu que apaixonadamente me revelas a inocência da carne. Expondo-te como um fruto nesta árvore de execração o que dizes é amor, amor do corpo, amor."